quinta-feira, 2 de julho de 2009

Inserção Virtual

Demorei a entender, e na verdade ainda não sei ao certo, o que é a vida virtual, digital. Há muito já se fala sobre, mas eu nunca havia pensado nela como nos últimos dias... Sempre entendi a internet, em suas mais diversas vertentes de comunicação, como algo extremamente frio e impessoal. Sem graça, muitas vezes. Entretanto, essa maneira de pensar tem mudado. Talvez em razão da inegável ascensão de tantas redes sociais. Porém, mesmo essas me pereciam ainda impessoais e sem graça, até eu conhecer o twitter.
Não que eu tenha viciado no mesmo ou algo do tipo, mas confesso que a sua proposta me pareceu mais interessante e inteligente do que a do orkut, por exemplo. Este me parece mais voltado a recadinhos aleatórios entre amigos, enquanto que aquele busca mais a integração entre pessoas aleatórias com assuntos em comum. O centro está no assunto, e não na pessoa, o que me parece muito mais interessante; falar sobre idéias do que sobre alguém. Claro que dependendo do alguém o assunto obviamente será interessante, mas provavelmente por conta das idéias, pensamentos relacionados direta ou indiretamente com esse alguém! Ou seja, falar sobre idéias será sempre mais seguro.
Minha geração (tenho 26 anos), apesar da livre intimidade com os computadores, não sente verdadeiramente a máquina. A idéia de alguém do outro lado do país (ou mesmo do mundo) conversando comigo me parecia oca. Eu não conseguia (e na verdade ainda não consigo) sentir esse alguém de fato por trás da iluminada tela de sempre do meu computador. Tento superar tal dificuldade. Penso estar conseguindo absorver mais essa idéia de pessoas conversando livremente pela web, e, na verdade, quero absorver cada vez mais. Quem sabe essa seja uma ótima ferramenta de comunicação com muitos, em um mundo que, paradoxalmente, apesar de inúmeros canais de comunicação, se faz cada vez mais inócuo em gerir idéias. Ou serão as pessoas que só se interessam hoje em pessoas e não mais em idéias?
A comunicação deve ser fazer sempre presente. É ela que nos une e nos torna mais fortes para lutar contra arbitrariedades quaisquer. A forma como a sociedade está organizada pode até tentar nos separar, pregar a visão individualista de mundo, mas nosso instinto de integração nos leva constantemente à busca pelo outro. E é isso que estou fazendo agora: buscando idéias, valores, pessoas.

E vamos ver se isso dá em alguma coisa. Será que alguém vai ler isso? Abraço e boa noite!!!

Diogo Motta

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