sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ética Paradoxal de Verão do CeClub


Como disciplinas de verão, o Centro Clubiversitário de Brasília – UniCeClub oferece apenas as cadeiras de Éticas I e II. Nesta data, 09 de dezembro de 2011, vive um verdadeiro paradoxo nesta instituição...

Em sala, aguardando ansiosamente para descobrir qual seria a professora de minha sala (ansioso não qualquer motivo acadêmico, mas pelo medo de me deparar, como ocorre na maioria dos casos [SIM!, acredite!!!], com um péssimo professor). Entra, finalmente, a professora fonte do paradoxo ético vivido por minha pessoa.

Chega afirmando que seus horários estão absolutamente complicados: coordenação, provas, lançamento de menções (dentre outras obrigações inerentes ao ofício do magistério [¬¬]). Pede a compreensão dos alunos, com tranqüilidade cênica. Então combina com os alunos que, “se todos estiverem de acordo”, o horário das aulas ocorreria das 14h às 16h (muitos alunos adoraram, lógico!!! Eu mesmo! No caso desta professora [eu já havia sido seu aluno em outro disciplina – foi PÉSSIMO!], e de muitos outros do CeClub, quanto menAs aula, mais se aprende!!! – FA-TO e uma pena!!!). Seriam duas horas de curso (por dia), e não três conforme previsto em contrato. Afirmou que a coordenação havia a autorizado expressamente a fazer esse tipo de acordo com os alunos.

A professora segue com o lembrete de que teríamos aulas também em dois sábados, levando muitos alunos à surpresa. Eu, inclusive! Então perguntei se, em razão do apertado limite de faltas permitido no curso, ela poderia ser compreensiva com relação ao primeiro sábado que se seguiria (o dia seguinte, pois o curso começou na sexta). Então a professora disse que a coordenação exigiu que os professores fossem muito rigorosos com as faltas e presenças dos alunos. Foi quando desabafei...

Sem me alterar, afirmei: “professora, apenas uma crítica... Sou aluno do 10º semestre e estou cansado. Cansado dessa realidade do CeClub. Olha o que a senhora acabou de nos dizer!!! Pede para que sejamos compreensivos com as possíveis e prováveis faltas e atrasos da senhora, diminui a carga do curso de 3 horas diárias para 2, mas não pode compreender um dia de falta para o horário da aula de sábado que não nos foi avisado. Que ‘a coordenação blablablá’”!

Pra mim esse argumento da coordenação é exatamente como fazem as telefonistas de telemarketing quando dão aquela resposta pronta do tipo “o sistema está fora do ar, senhorrrrrr...”! A professora paradoxal estava a usar “a coordenação...” como um escudo de legitimidade para as sem-vergonhices éticas.

“Não posso compreender...”, segui falando. “Isso não faz sentido!: rigidez com o horário do aluno, mas ampla flexibilidade com o horário do professor!!!?!?” Não tenho vergonha de confessar, como já disse acima, que preferia que fossem 2 horas mesmo. Entretanto, não pude ficar calado! A professora se escorria em óleo de peroba...

Como fazem os fracos que detêm poder, a professora usou do poder de sua autoridade (aqui no Brasil a coisa da otoridade é muito forte, ninguém questiona! Na minha sala todos calados, provavelmente me odiando (o motivo maior dos calados segue...) e afirmou: “então tá bom, o horário vai ser aquele contratado... de três horas! Por conta de um aluno!!!”! Meu deus, como é baixa! Quis (e provavelmente conseguiu isso com muitos) jogar os demais alunos contra mim! PRE-GUI-ÇA de ter que interagir com esse tipo de ser humano... Como é professora foi péssima!!!

Afirmei que ela estava fazendo o uso de sua autoridade de maneira negativa penalizando a todos, que aquilo não era necessário. A verdade é que ela estava desesperada para fazer calar seu constrangimento, tentando camuflar sua fraqueza ética hora escancarada!!!... Tinha pressa em mudar o tópico em pauta. Em verdade, um ser humano desnecessário (ao menos para o ofício de professor! Aliás, só um paralelo..., aqui no Brasil qualquer um acha que pode ser professor, neh!? Existe essa cultura de que professor é o que não deu certo, então acaba realmente aparecendo professores pífios), exposto em toda sua ignorância.

Foi então que momento seguinte, cessada a discussão e imposto o horário do único aluno ([¬¬] - PRE-GUI-ÇAHHH!!!), a professora se perde no que fala (burra como ela) e afirma que, “para sermos éticos”, o horário então seria o de três horas (simmmm!, o horário do contrato reclamado pelo aluno... Olha que jumenta!!! Deu a deixa pro meu deboche)!!! Quase que sem perceber, debochei pensando alto: “só agora!!?!?!.. .” A paradoxo então me pediu para que mudasse de turma. Pedi para que, “por favor”, ela me ajudasse a mudar, porque provavelmente o CeClub negaria meu pedido; eles negam tudo!, sempre... #odiomortal

Então saí de sala e, com muito pedido e reclamação, me mudaram de turma.

Cadeira de ética, com uma professora absurda e paradoxalmente anti-ética! “CeClub, uma instituição que vive de passado” – tai... gostei desse slogan. Só mais um vez: PRE-GUI-ÇA!

O que eu vou fazer? Sinceramente, nada! Só deixo aqui esse desabafo que sei que será entendido, no mínimo, pelos meus colegas de faculdade, que vivem essa mesma realidade distorcida.

Não vejo a hora de me formar. Só aí poderei ser bom! Preso ao CeClub só não ando pra trás porque sou melhor que eles, melhor que meus péssimos professores de todos os semestres.

Apenas um breve aos bons professores, a minoria. Meus mais sinceros louvores e agradecimentos! Obrigado por todo aprendizado. Respeito e admiro muito vocês! Não coloco nomes aqui, mas tenho certeza que, se acaso lido por algum deles, saberão se são referência... Assim como os recalcados saberão que não trato deles! ^^p

“É o desabafo”! Obrigado, se vc leu até aqui! E se puder me ajudar, exponha essa realidade e COMPARTILHE!!!

sábado, 4 de julho de 2009

Ídolos e a Morte


A morte de Michael Jackson me trouxe uma grande e inédita reflexão acerca da perda de ídolos. O que significa a morte de um ídolo? Mesmo que esses ícones culturais não se façam materialmente presentes em nossas vidas, é inegável que suas obras atingem tamanha dimensão nas mesmas que delas se tornam parte. E como fica essa parte quando o ídolo já não mais existe? O acompanha na inexistência? Eu ainda era muito novo quando MJ estava no auge de seu sucesso, e por isso não o tenho como um (grande) ídolo meu, apesar de ter plena consciência do que ele representou e representa. Me perguntei, porém, o que virei a sentir quando os que de fato são meus ídolos morrerem?
Michael tornou-se a notícia primeira nos diversos meios de comunicação. Nesse momento surgem os mais radicais afirmando estarem saturados de tamanha publicidade que um artista ganha em razão de sua morte. Não compartilho desse sentimento, muito pelo contrário. Para mim essa publiciadade é positiva sim! A morte de um ídolo faz com que seus fãs busquem de forma intensa a sua obra e a sua própria existência; uma tentativa desesperada de reaver aquela parte deles mesmos que agora lhes parecem arrancada, oca. É uma espécie de overdose que os fãs fazem uso para garantir que ao menos dentro de cada um deles o artista continuará existindo.
Falar é sempre mais fácil do que sentir. Devo dizer que senti o súbito desfecho da história de Michael, mas não como o sentiu um verdadeiro fã. Sou de uma geração que ainda não começou a ver seus ídolos morrerem; a inexperiência sempre assusta. A perda de um ídolo funciona como um lembrete oficial da morte de que ela visita a todos; uma incoveniente verdade que não gostamos de lembrar. Talvez justamente por isso que nos incomodamos tanto com a partida de um ídolo: uma parte nossa morre junto com o artista.
Assim como a vida, a morte não é um evento para o qual quando somos convidados temos o arbítrio de nos fazer presentes ou ausentes. Essa é uma lei a qual todos se submetem, artistas ou não, ídolos ou não. Para Michael Jackson os dois convites foram feitos; vai o artista, fica a excelente obra do auto intitulado rei do pop. E assim será com a morte de todo ídolo: ao mesmo tempo em que seus fãs são lembrados do segundo convite, sua obra converte-se em sentimento de vida.

Abraços galera"!

Diogo Motta

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Inserção Virtual

Demorei a entender, e na verdade ainda não sei ao certo, o que é a vida virtual, digital. Há muito já se fala sobre, mas eu nunca havia pensado nela como nos últimos dias... Sempre entendi a internet, em suas mais diversas vertentes de comunicação, como algo extremamente frio e impessoal. Sem graça, muitas vezes. Entretanto, essa maneira de pensar tem mudado. Talvez em razão da inegável ascensão de tantas redes sociais. Porém, mesmo essas me pereciam ainda impessoais e sem graça, até eu conhecer o twitter.
Não que eu tenha viciado no mesmo ou algo do tipo, mas confesso que a sua proposta me pareceu mais interessante e inteligente do que a do orkut, por exemplo. Este me parece mais voltado a recadinhos aleatórios entre amigos, enquanto que aquele busca mais a integração entre pessoas aleatórias com assuntos em comum. O centro está no assunto, e não na pessoa, o que me parece muito mais interessante; falar sobre idéias do que sobre alguém. Claro que dependendo do alguém o assunto obviamente será interessante, mas provavelmente por conta das idéias, pensamentos relacionados direta ou indiretamente com esse alguém! Ou seja, falar sobre idéias será sempre mais seguro.
Minha geração (tenho 26 anos), apesar da livre intimidade com os computadores, não sente verdadeiramente a máquina. A idéia de alguém do outro lado do país (ou mesmo do mundo) conversando comigo me parecia oca. Eu não conseguia (e na verdade ainda não consigo) sentir esse alguém de fato por trás da iluminada tela de sempre do meu computador. Tento superar tal dificuldade. Penso estar conseguindo absorver mais essa idéia de pessoas conversando livremente pela web, e, na verdade, quero absorver cada vez mais. Quem sabe essa seja uma ótima ferramenta de comunicação com muitos, em um mundo que, paradoxalmente, apesar de inúmeros canais de comunicação, se faz cada vez mais inócuo em gerir idéias. Ou serão as pessoas que só se interessam hoje em pessoas e não mais em idéias?
A comunicação deve ser fazer sempre presente. É ela que nos une e nos torna mais fortes para lutar contra arbitrariedades quaisquer. A forma como a sociedade está organizada pode até tentar nos separar, pregar a visão individualista de mundo, mas nosso instinto de integração nos leva constantemente à busca pelo outro. E é isso que estou fazendo agora: buscando idéias, valores, pessoas.

E vamos ver se isso dá em alguma coisa. Será que alguém vai ler isso? Abraço e boa noite!!!

Diogo Motta